Fonte: Pinterest, (2022).
Importância da Hidratação na prática esportiva
Durante a prática esportiva é gerado uma energia com o intuito de regular a temperatura corporal para níveis adequados ao estímulo metabólico gerado.
Os efeitos fisiológicos da desidratação provocada pelo exercício são estudados através da comparação de diversas respostas fisiológicas de indivíduos quando estes não repõem as perdas de líquido durante um exercício prolongado.
A temperatura corporal, deve ser dissipada, o que ocorre através de mecanismos termorregulatórios, sem os quais o organismo entraria em colapso devido ao superaquecimento em poucos minutos de atividade contínua (HAUSEN, Matheus R., 2013).
De acordo com Ferreira e colaboradores, (2015), uma desidratação corporal é identificada quando ocorre uma perda excessiva de água corporal, ultrapassando aproximadamente 2,5L. Esse líquido é excretado através do suor, urina, vapor e através da respiração.
A desidratação pode levar a redução da volemia (Qtd de sangue circulante), tornando o atleta mais suscetível à hipotensão postural e colapso. A baixa volemia também está associada à redução do volume de ejeção cardíaco que resulta na redução do fluxo sanguíneo para a pele, com efeito negativo na dissipação do calor.
Quanto maior a desidratação, menor é a capacidade de redistribuição do fluxo sanguíneo para as regiões musculares envolvidas no exercício, também é reduzida a sensibilidade hipotalâmica para a sudorese e menor é a capacidade aeróbica para um dado débito cardíaco (RIBEIRO; LIBERALI, 2010).
Um estudo realizado com competidores de mountain bike, identificou algumas manifestações decorrentes da desidratação prolongada, como: sensação de perda de força, câimbras, sede muito intensa, fadiga generalizada, dor de cabeça, dificuldade de realização de um movimento técnico facilmente realizado em condições normais, perda de sensibilidade nas mãos, dificuldade de concentração, além de outros sintomas (OLGUIN, Larissa Beatriz Pessoa, 2018).
Recomendações para a hidratação correta
Recomenda-se cerca de 35 mL/kg de peso de água por dia, em média 2,0L para adultos para garantir um bom estado de hidratação em repouso (Azevedo, Pereira e Paiva, 2016).
Em relação a recomendação de hidratação no exercício físico, a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME, 2009) recomenda que o indivíduo faça a ingestão de cerca de 250 a 500 mL de água duas horas antes do exercício. Durante o exercício recomenda-se iniciar a ingestão de líquidos já nos primeiros 15 minutos e a cada 15 a 20 minutos realizar uma reidratação.
Algumas técnicas podem ser adotadas para facilitarem a hidratação, como por exemplo a utilização de:
Mochila de hidratação
Gel hidroeletrolítico
Cinto de hidratação com suporte para garrafa
Fonte: Pinterest, (2022).
Além de plano de hidratação realizado juntamente com o planejamento de treinamento.
Tabela 01. Técnicas de hidratação nos diferentes momentos do exercício
Fonte: HAUSEN, Matheus R., e col., (2013)
Tabela.02 - Consumo de bebidas de hidratação comparado a atividade executada
De acordo com HAUSEN, Matheus R., e col., (2013), cabe ao profissional envolvido com a prescrição do exercício ter conhecimentos sobre as diferentes bebidas para a hidratação de seus atletas com o intuito de adotar um melhor planejamento, ao passo que a prescrição das mesmas deve ficar sob a responsabilidade de um nutricionista.
Fonte: HAUSEN, Matheus R., e col., (2013)
Fórmulas Hidroeletrolíticas
De acordo com HAUSEN, Matheus R., e col., (2013), a seleção de uma bebida para ser consumida com o objetivo de reposição dos fluidos corporais perdidos durante ou após a atividade física deve respeitar algumas características específicas promovendo uma recuperação hidroeletrolítica e metabólica adequada e acima de tudo segura.
As bebidas escolhidas devem possuir a osmolalidade entre 250 e 370 mOsmol/ kg, faixa de valores que possibilita um facilitado esvaziamento gástrico e absorção pelo intestino. Pode apresentar em sua formulação vários tipos de carboidratos desde que a concentração total não exceda 7% (HAUSEN, Matheus R., e col., 2013)
O consumo de sódio e potássio, apresenta uma boa recuperação da fadiga muscular e reposição de eletrólitos perdidos na atividade física.
Autoridades da área de nutrição esportiva, preconizam que uma bebida esportiva deve conter uma concentração que varie de 300 a 700 mg/l,3 460 a 1.150 mg/l5 e 500 a 700 mg/l de sódio em sua composição, a grande variação entre os valores é explicada devido a demanda característica de cada prática esportiva.
Deve-se atentar-se a ingestão de bebidas hipotônicas, são aquelas com baixa concentração de sódio, essa condição pode fazer com que a osmolalidade plasmática seja reduzida para valores aproximadamente de 130 mEq/l. Esta situação é denominada hiponatremia, cujos sintomas típicos incluem náusea, vômito, cefaleia e mal-estar (HAUSEN, Matheus R., e col., 2013).
Referências:
HAUSEN, Matheus R., CORDEIRO, Ricardo G., GUTIERRES, Ana Paula M. Aspectos relevantes sobre a hidratação no esporte e na atividade física. Revista HUPE, Rio de Janeiro - RJ, Volume 12, número 4, p. 47-58, Outubro-Dezembro. 2013. Disponível em: https://bjhbs.hupe.uerj.br/WebRoot/pdf/443_pt.pdf. Acesso em: 03/08/2022.
OLGUIN, Larissa Beatriz Pessoa BEZERRA, Angélica Cristiane Bernardes; SANTOS, Vanessa Paes dos. Como a Desidratação Pode Afetar a Performance dos Atletas. Nucleus, Ituverava SP, v.15, n.1, p. 461-470, abr. 2018. Disponível em: https://www.nucleus.feituverava.com.br/index.php/nucleus/article/download/2955/2606. Acesso em 02/08/2022.
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TORIANI, Sonia dos Santos. Desidratação de Bombeiros Militares Após Treinamento de Combate a Incêndio. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva ISSN 1981-9927 versão eletrônica, São Paulo - SP, Volume 12, número 72, p. 537-541, Jul./Ago. 2018. Disponível em: http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/download/1081/788/. Acesso em: 02/08/2022.
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