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Foto do escritorGabriel Alves Penkal

Utilização de proteína aplicado ao exercício de força



Fonte: Site Canva, (2022)


Metabolismo das proteínas

As proteínas são digeridas por enzimas digestivas como tripsina, secretada no pâncreas e pepsina secretada pelo suco gástrico. Essas enzimas realizam a hidrólise (quebra) das

moléculas da proteína em peptídeos mais simples para serem digeridas no estômago, e ao chegarem no intestino delgado são absorvidas e encaminhadas a circulação pelas micro vilosidades até chegarem no fígado onde sofrerão outras modificações para só então serem distribuídas aos tecidos e demais estruturas.


Aplicação do uso no exercício de força

Praticantes de esportes de alta intensidade necessitam de um maior aporte proteico, as proteínas além de promover uma maior recuperação muscular tecidual, desempenham importante papel no sistema imune, garantindo que o indivíduo não fique doente e evitando possíveis lesões.



A SBME (Sociedade brasileira de medicina do esporte) recomenda uma utilização de 1,6 a 1,7 g/Kg por dia para indivíduos que almejam o ganho de massa muscular e consequentemente a força. Já para praticantes de esportes de resistência muscular, a quantidade se encontra menor, sendo de 1,2 a 1,6 g/Kg por dia.


De acordo com a International Society of Sports Nutrition, (2010) desde a última década, a necessidade de consumo de proteínas para atletas, tem se mostrado duas vezes maior que a recomendação para indivíduos sedentários, o que significa um consumo dietético de 1,5 a 2 g/kg/dia garantindo assim a manutenção do balanço nitrogenado.


Em relação a suplementação, os suplementos proteicos utilizados por praticantes de atividade física são assegurados pela Portaria nº 222, publicada pelo Ministério da Saúde – MS em 1998, como alimentos especialmente formulados e elaborados para praticantes de atividade física, incluindo formulações contendo aminoácidos oriundos da hidrólise de proteínas, aminoácidos essenciais quando usados em suplementação para alcançar alto valor biológico e aminoácidos de cadeia ramificada, desde que não apresentem ação terapêutica ou tóxica (BIESEK; ALVES; GUERRA, 2010).


Biesek, Alves e Guerra (2010), recomendam um consumo de 1,7 a 1,8 g/kg/dia de proteínas para indivíduos que estão iniciando um programa de treino de força rigoroso. Ao longo do tempo, a necessidade proteica de atletas de força com longo período de treinamento e com intenção de manutenção da massa muscular é diminuída para 1,2 g/kg/dia de proteínas, pois a atividade contrátil aumenta as respostas anabólicas, tornando o metabolismo proteico mais eficiente.


Para indivíduos em treino de força e que não são atletas, a ingestão de 0,9 g/kg/dia de proteína tem se mostrado eficiente e segura, mas essa recomendação pode ser variável dependendo da individualidade metabólica e outros fatores.


Um estudo de caráter prospectivo observacional investigou seis atletas do sexo masculino, praticantes de musculação, em que a oferta proteica de 2,5g/kg de peso/dia não trouxe benefícios adicionais a 1,5g/ kg/dia para aumentar o fluxo e a síntese proteica, bem como a positivação do balanço nitrogenado.


Por outro lado, Cyrino et al., ao realizar um estudo semelhante com seis atletas de culturismo, do sexo masculino, constatou que a ingestão proteica entre 1,5 e 2,5g de proteína/kg de peso corporal/dia, associada ao treinamento com pesos, pode contribuir de forma significativa para o aumento de força e massa muscular.



Qualidade de absorção - Importante determinante

Em indivíduos adultos saudáveis, a proteína se mantém em uma concentração adequada, porém a qualidade, digestibilidade e taxa de absorção são fatores determinantes.



Nem toda proteína ingerida será absorvida, independentemente de ser consumido sob a forma de alimentos ou suplementos. Esse processo é definido como biodisponibilidade de um nutriente, ou seja a proporção do nutriente nos alimentos que é absorvida e utilizada, por meio de processos de transporte, assimilação e conversão para a forma biologicamente ativa. (PRETORIUS; SCHÖNFELDT, 2018).


Aminoácidos em excesso não podem ser armazenados como é visto no caso de carboidratos e gorduras, eles são convertidos em outras moléculas, como piruvato, oxalacetato, acetil-coenzima (Acetil-CoA) e alfa-cetoglutarato.


De acordo com COZZOLINO, (2016), as proteínas de origem animal apresentam maior digestibilidade quando comparado com as proteínas de origem vegetal, isso pode ser explicado pela configuração das moléculas.


Pires et. al. (2006) ao realizarem um estudo em que avaliaram a digestibilidade de diversas fontes proteicas. Os autores encontraram valores superiores para fontes de origem animal, a carne bovina (92,4%) se mostrou mais aproveitável quando comparada ao trigo (89,4%).


DOMINGUEZ, Hernandez, (2018) realizou um estudo semelhante e obteve valores de 94,9% para a carne de peixe, 94,7% para carne de frango e 93,7% para carne suína.


Referências:



CHIQUETO, Danieli; MELO, Fabíola. Influência da proteína no ganho de massa muscular em praticantes de musculação. Batatais - SP, v. 8, n. 5, p. 9-15, jul./dez. 2018. Disponível em: https://intranet.redeclaretiano.edu.br/download?caminho=/upload/cms/revista/sumarios/805.pdf&arquivo=sumario1.pdf. Acesso em: 11/05/2022.


Dr. BORGES, Júlio. Metabolismo de aminoácidos. 17 Setembro. 2017. Apresentação de Power Point. Disponível em:


LARA, Priscila; CORREIA, Maria. Utilização de proteína na prática esportiva. Nutrição Brasil, Itaúna - MG, Volume 15 - Número 1, p. 48 - 51, 2016. Disponível em: https://portalatlanticaeditora.com.br/index.php/nutricaobrasil/article/download/108/195/53. Acesso em: 11/05/2022.


MARTINEZ, Mateus. Efeito do processamento térmico na digestibilidade proteica de carnes: Revisão. Santo Antônio da Patrulha - RS, p. 8 - 37, 2018. Disponível em: https://sistemas.furg.br/sistemas/sab/arquivos/conteudo_digital/3a0da4aa6c62f1da8793cfada12247bc.pdf. Acesso em: 11/05/2022.


MENON, Daiane; DOS SANTOS, Jacqueline. Consumo de proteína por praticantes de musculação que objetivam hipertrofia muscular. Revista Brasileira Medicina do Esporte. Caxias do Sul - RS. v. 18, n. 1. Jan/Fev, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbme/a/sFDmRDBJMYVngCCcJtGgNsk/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 11/05/2022.



Site pinterest, (2022). Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/154318724721870755/ Acesso em: 10/05/2022.


Site pinterest, (2022). Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/864550459718499193/ Acesso em: 11/05/2022.



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